Por Henrique Barbosa
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Vivemos em um mundo de extravagâncias e aparências, onde a idéia do rosto bonito e do corpo perfeito reina quase que absoluto na cabeça da maioria das pessoas. Seguindo no sentido oposto a este conceito uma nova tendência antes vista com preconceito pela sociedade o de “ser gordinho”. O termo é “Pluz Size” usado para definir modelos com alguns quilinhos a mais e que fogem ao estereótipo de magreza que estamos habituados a ver nas capas de revistas e passarelas.
“O que existe hoje é uma abertura para modelos plus size, mesmo que em menor número que as modelos magras, mas em porcentagem quase significante. Este mercado está crescendo, talvez porque grandes marcas estejam prestando mais atenção nas mulheres de verdade, que fogem do manequim 38. E também por causa dessas mulheres, que estão mais exigentes”, diz a jornalista Renata Poskus Vaz, 27, também criadora do blog “Mulherão” que trata dos mais variados assuntos do universo feminino.
Em entrevista para uma revista nacional, Renata afirma que mulheres com esse perfil estão tendo maior destaque na sociedade. “Uma prova disso é o nosso blog. Antes, eu não tinha coragem de entrar em uma loja GG para comprar roupa. Agora, estou organizando o Fashion Weekend Plus Size, um evento de moda para mulheres gordinhas”, conta. Estas mudanças são responsáveis por uma busca maior de jovens antes estigmatizadas por seu peso, pelo universo da moda.
De acordo com o modelo e produtor de desfiles Flamir da Silva, fundador da agência Worldmodel Agency, o número de garotas que o procuraram para garantir um lugar nas passarelas foi altíssimo. “A procura aumentou e muito, somente no mês de outubro de 2009 batemos o recorde com mais de 25 mil emails recebidos. O motivo desta procura esta 100% na mídia, ao apresentar mulheres gordinhas ou candidatas a Modelos Plus size em programas de TV.”, diz Flamir.
A Worldmodel é pioneira em casting de modelos com este perfil no Brasil, e ratifica que mesmo com todas estas mudanças, este ainda é um mercado em ascensão. “O Brasil apresenta características culturais positivas, porém, temos ainda um longo caminho pela frente, por causa da falta de profissionais qualificados para este mercado, tanto fabricante como modelos. E também da falta de preparação nas faculdades de moda brasileira”, avalia.
Material completa em: http://www.oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=5105&editoria=Comportamento
